Leitura: o que ela tem a ver com a empatia?
- psimonicabarciela
- 12 de mar.
- 1 min de leitura
A neurocientista Tania Singer, com base na pesquisa de imagens do cérebro, expandiu os conceitos de empatia: uma rede de sentimentos e pensamentos que conecta a visão, a linguagem e a cognição com amplas redes neurais.
Nossa capacidade humana permite perceber, analisar e interpretar os pensamentos e sentimentos de outros em nossas interações sociais com eles. Ou seja, as interações sociais são essenciais para nosso autoconhecimento e para as relações interpessoais.
Se fazemos uma leitura para estudo ou para entretenimento, ativamos diferentes regiões cerebrais, como movimento e tato, pois quando lemos metáforas sobre textura ativamos camadas do córtex somatossensorial e quando lemos sobre movimento, acionamos os neurônios motores.
O mesmo neurônio que você utiliza para mexer seus braços são ativados quando você lê, por exemplo, que um personagem caminha por uma floresta.
Dá para imaginar o que uma leitura faz no nosso cérebro?
Ler de forma profunda aproxima-nos da empatia, amplia os recursos para aplicar no que é lido, fazer inferências, deduções e ter pensamento analógicos.
Para que o conhecimento evolua, precisamos preparar a mente para a leitura, só assim seremos criteriosos em nossa avaliação como matéria prima para os nossos insights e pensamento novos.
E o que será que acontece quando as novas gerações deixam de ler de forma profunda? Podem tornar-se vítimas das informações?
Bibliografia: WOLF, Maryanne. O cérebro no mundo digital: os desafios da leitura na nossa era. São Paulo: Contexto, 2019.

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